O texto “The World is not a Desktop” de Mark Weiser aborda os rumos que a evolução dos computadores e suas interfaces estão tomando, fazendo uma crítica à estes. É constantemente afirmado pelo autor que estamos caminhando para um mundo onde os computadores serão cada vez mais humanos, o que não é necessariamente uma coisa boa, e que estas “máquinas” estarão cada vez mais no centro das atenções. Porém para Weiser esse rumo é exatamente o contrário do que deveríamos tomar, uma vez que acredita que os computadores deveriam ser “invisíveis” e que não deveriam obstruir nossas vidas tomando nossa atenção para si. Como uma pessoa ansiosa socialmente nada me assusta mais do que essa exposição desnecessária que as novas interfaces estão propondo. A privacidade para mim é algo essencial e não a trocaria por nada. Por isso o argumento de Weiser é não somente válido para mim como também de muita importância, uma vez que consigo estabelecer relações do que é por ele escrito com minha própria vida. Como por exemplo no caso das interfaces por voz, criticadas por Mark. Me causa um extremo desconforto pensar que pessoas desconhecidas conseguirão saber o que estou fazendo em meu dispositivo pelo simplesmente porque podem escutar cada ordem que faço à este, que minha privacidade estará sendo revelada à qualquer um que consiga ouvir. (Não preciso que o mundo saiba que naquele momento estou ligando para minha mãe ou acessando um site de fanfics…) Essas interfaces acabam afetando aspectos de minha vida particular que deveriam ser somente de minha competência. Além disso, há o fato de que os computadores, segundo Mark, se tornam à cada dia mais humanos. O que poder vir à ser um problema no futuro, uma vez nós seres humanos somos repletos de defeitos e falhas e computadores mais humanos estariam sujeitos à esses mesmos problemas. Por isso acredito também que o rumo certo à se tomar é tornar a computação invisível, para que possamos usar nossos computadores de forma à não obstruir nossas outras ações , mas como complemento à essas. Além de podermos fazer o que bem entendermos em nossos dispositivos sem termos nossas vidas particulares jogadas ao léu para quem quiser ver ou ouvir. “Our computers should be like our childhood: an invisible foundation that is quickly forgotten but always with us, and effortlessly used throughout our lives.” – Mark Weiser
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